No período colonial, a mulher era tida como uma propriedade (assim como os escravos). Primeiro propriedade do pai, que arranjava o casamento da filha, como se fosse uma transação comercial; e depois do marido, que esperava que a esposa fosse uma boa dona-de-casa, boa parideira e mãe, sendo-lhe dispensável conhecimento e cultura, para que a mesma não contestasse a condição de submissão exigida por ele.Uma das grandes conquistas femininas da história é o direito de votar, pois até 1932 era prerrogativa apenas dos homens. Como símbolo desta conquista destaca-se Carlota Queiroz, a primeira Parlamentar eleita em 1935. Outra vitória deu-se com a criação da lei do divórcio, representando para muitas mulheres sua ?carta de alforria?, pois a partir daí, estavam livres para reescreverem sua história, agora como senhoras de seus destinos. Apesar de todos os problemas enfrentados pelas mulheres, hoje passamos por uma revolução silenciosa, que pode ser vista nas faculdades. Em todos os cursos de graduação, especialização, doutorado e pós-doutorado, têm uma predominância do sexo feminino.
Falar em mulheres é bifurcar-se em dois parâmetros de fundamental importância no mundo moderno, é vê-la pelo lado romântico de Julieta; das criações de Vinícios de Morais; de Pablo Neruda; e muitos outros que a encantaram em prosas e versos. Do mesmo modo, é imprescindível observar a mulher pelo lado de sua integração na sociedade, conquistando espaço e ajudando a construir um mundo sem discriminação, onde homens e mulheres se completam na busca de um bem-estar conjunto, todos numa só união. Neste sentido, a mulher deve seguir os dois caminhos, o de ser feminina-mulher-mãe e o de ser agente social, econômico e político. Uma mulher participativa, trabalhadora e que quer contribuir para a evolução dos tempos, como um ser humano que pensa, que tem forças e deve ser útil à sociedade.
Pelo lado romântico, a mulher é a flor mais sublime que a natureza deixou na terra pelo seu perfume, pelo seu falar carinhoso e pela sua maneira de conseguir tudo que anseia, porque, como dizem os poetas, a mulher se assemelha a uma rosa que exala perfume nos momentos de mais terríveis dissabores.
Ninguém inspirou mais canções, como nos grandes textos literários, nas telas de grandes pintores, nas poesias de todas as épocas,nos corações dos boêmios, do que a mulher, criação divina para este mundo rebelde que não sabe preservar o presente tão pequeno no tamanho, mas grande na beleza, no amor e na inspiração.
Ao parodiar a Bíblia, Deus soube presentear muito bem, quando recompensou Adão com a obra prima que nenhum escultor soube talhar tão eficientemente, a sua Eva.
A história relata muitos e muitos casos, onde a mulher conseguiu com sua astúcia angelical arrasar os homens com força e poder descomunal, pois foi Dalila com sua meiguice quem destruiu Sansão,e Cleópatra quem domou César de sua brutalidade insustentável, chegando até a destruí-lo. A mulher sempre foi elevada aos mais altos pedestais da pureza, da humildade e da simplicidade, pela sua maneira de ser, de falar ou de olhar. Não foi por nada que Leonardo da Vince imaginou a sua bela adormecida - Mona Lisa. A criatividade do pintor foi a poesia do bonito que pousou numa visão sobre-natural de quem via na mulher a razon d'être de sua genialidade inconfundível ao longo dos tempos e além do mais, encantou a mulher com a sua maneira psicográfica de desnudar a natureza e mostrar seu canto. E a criação maior de Leonardo da Vince é, e será sempre, uma mulher feminina, meiga, que dá amor a toda humanidade e busca paz para doar onde só existam espinhos prontos para magoar quem nunca lhe feriu. No encanto da vida, a mulher é a luminosidade que nunca deve se apagar, pois a ausência dela é uma escuridão que não há recurso energético que faça enxergar, mesmo estando no claro. A visão do amor é mais forte e somente a mulher pode doar seu corpo, sua alma e sua vida para encantar o mundo de injustiças. Essa mulher que encanta é a mulher mãe; é a mulher amante e amada e é sem sombra de dúvida, a criação maior da natureza.
MULHERES de PORTUGAL é um projeto que visa eternizar em fotografias as mulheres que de alguma forma desenvolvem qualquer gênero de atividade: Mulheres que estão a fazer a diferença em nossa sociedade,...lares e vidas. Empresárias dos mais variados setores, arquitetas, mestras de qualidade reconhecidas,executivas de grandes empresas ou entidades,médicas e cientistas. Artistas das mais variadas modalidades,intelectuais brilhantes. E beneméritas,mães,,amigas e companheiras. Mulheres que encontraram tempo para desenvolver a parte mais sublime da matemática. A operação de Dividir.São as mulheres que dividem e somam. Este é o retrato da mulher atual,dinâmica,moderna. Que produz,que preenche seu tempo em prol da Família,da Comunidade, Freguesia ou País.
"Existem três coisas que podemos fazer pelas mulheres; Amá-las, sofrer por elas, ou torná-las literatura".(Stephen Stills).
Registrar em FOTOGRAFIAS a Alma das Mulheres Portuguesas será para mim como escrever um LIVRO...
E Livros são ETERNOS!
Linda!!!!! Linda!!!!! Linda!!!!!! Parabéns à "modelo" e ao "olho clínico" da fotógrafa. Carla Lã-Branca